Os Parceiros Portugueses do Projecto STORM

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Portugal tem uma participação activa no Projecto STORM, com cinco parceiros nacionais, nas mais variadas vertentes e a partir de diferentes backgrounds. Apresentam-se as várias entidades nacionais e o seu papel no STORM.

Direção-Geral do Património Cultural

Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) é um serviço central da administração direta do Estado, que tem por tem por missão assegurar a gestão, salvaguarda, valorização, conservação e restauro dos bens que integrem o património cultural imóvel, móvel e imaterial do País, bem como desenvolver e executar a política museológica nacional.

No STORM a DGPC integra diversos WP’s, nos quais contribui para a concretização de tarefas de natureza variada, encontrando-se igualmente como responsável pelo Work package (WP) 2 – Recommendations for Policies and Government Processes. Este tem como fim propor, às diversas autoridades responsáveis pelo património cultural, políticas e processos governamentais inovadores, que contribuam para uma melhor gestão do património cultural europeu sujeito à ocorrência de desastres naturais e alterações climáticas.

Num primeiro momento, a atividade do WP2 centrar-se-á na pesquisa das normas e políticas governamentais vigentes, tendo em vista a identificação de lacunas ao nível dos processos de prevenção, mitigação, resposta à emergência e reabilitação. No final do projeto o WP2 irá elaborar um conjunto de recomendações normativas e de boas práticas, sustentadas nos desenvolvimentos e aperfeiçoamentos de ferramentas e instrumentos, bem como nos conhecimentos obtidos por todos os WP’s. Estas permitirão auxiliar os diversos decisores implicados na gestão dos bens culturais, sobre como melhor prever, mitigar e atuar perante situações de risco.

INOV INESC INOVACAO – Instituto De Novas Tecnologias

A principal contribuição do INOV para o projeto é a liderança e coordenação de inúmeras atividades relativas à deteção e monitorização do ambiente. A atenção especial será dada à especificação dos métodos não-invasivos e não-destrutivos de avaliação e diagnóstico do património cultural, bem como ao desenvolvimento dos sensores terrestres. Em particular, o INOV está a desenhar um sensor de fluorescência induzida capaz de deteção precoce de contaminação biológica (peliculas biológicas de algas/musgo contendo clorofila), que aparecem na superfície de frescos e outros artefactos históricos.

Além disto, o INOV contribuirá substancialmente para os serviços de colaboração e de partilha de conhecimentos, com foco nas comunicações resilientes entre os stakeholders. A equipe do INOV também irá participar ativamente na criação de ferramentas de avaliação e gestão de riscos e vulnerabilidades dos sítios arqueológicos e outros bens de património cultural.

Nova Conservação – Restauro e Conservacao do Patrimonio Artistico-Cultural, Lda

Nova Conservação é uma PME exclusivamente dedicada à conservação e restauro de Património Cultural construído e integrado, formada por uma equipa consolidada de colaboradores com formação superior especializada. Os conhecimentos e competências da Nova Conservação integram ainda os seus mais de vinte anos de experiência de trabalho em território nacional e internacional – incluindo nas Ruínas Romanas de Tróia.

No STORM, a Nova Conservação será a principal responsável pela componente da Conservação e Restauro, contribuindo com recomendações e estratégias para as suas adequadas integração e implementação, não só no âmbito do STORM, mas também no das futuras soluções de salvaguarda que o projecto pretende propor para uma protecção mais abrangente e sustentável de objectos patrimoniais.

Município de Grândola

O Município de Grândola é uma entidade administrativa local que é responsável pela administração do concelho de Grândola (um território com 814 Km2).

Como parte de suas atribuições e competências, o município é responsável pelo património municipal e proteção civil. No que diz respeito ao património municipal, compete-lhe assegurar, incluindo a possibilidade de estabelecimento de parcerias, o levantamento, classificação, gestão, manutenção, recuperação e divulgação do património natural, cultural e urbano, incluindo a construção de monumentos de interesse local.

O presidente do município é responsável pela condução, em conjunto com os órgãos da administração pública com competência no domínio da protecção civil, do serviço municipal de proteção civil (SMPC), tendo em vista o cumprimento dos planos e programas de emergência e a coordenação das atividades a desenvolver nessa área, particularmente em operações de ajuda e assistência na iminência ou ocorrência de acidentes graves ou catástrofes.

Os membros do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) cooperarão, de todas as formas possíveis, na divulgação do estado de conservação do sítio arqueológico de Tróia e procurarão minimizar os seus processos de degradação de acordo com a sua experiência e os meios à sua disposição.

O SMPC é a entidade que supervisiona as atividades para prevenir riscos coletivos em situações de acidentes graves ou catástrofes, com o objetivo de mitigar seus efeitos e proteger e auxiliar pessoas e bens em perigo, quando essas situações ocorrem.

No âmbito do projeto o SMPC fornecerá informações sobre legislação, regras e práticas relacionadas com a preservação do património cultural e beneficiará dos resultados do projecto para melhorar os planos de emergência e de salvaguarda a uma vasta escala regional.

TROIARESORT – Investimentos Turísticos, S.A.

A empresa Troiaresort-Investimentos Turísticos, S.A. é proprietária dos terrenos na margem do rio Sado, no extremo Sudoeste de Portugal, onde se localizam as Ruínas Romanas de Tróia, e tem a seu cargo a gestão e valorização deste sítio arqueológico através de um protocolo celebrado entre esta entidade privada e o Estado Português.

As Ruínas Romanas de Tróia são um dos sítios piloto do Projecto STORM, consistindo nos vestígios de um aglomerado urbano industrial com a maior concentração de fábricas de salga até hoje conhecida no Império Romano. O sítio foi ocupado entre o século I d.C. e o século VI d.C. e os vestígios arqueológicos visíveis incluem uma área residencial, um complexo termal, um mausoléu e vários cemitérios e uma basílica paleocristã com pinturas murais. É um Monumento Nacional desde 1910 e em 2016 foi incorporado na Lista Indicativa Portuguesa para o Património Mundial da UNESCO.

A conjugação de factores de risco e a importância deste sítio arqueológico fazem com que Tróia possua as condições ideais para testar várias ferramentas e sensores do projecto, servindo de modelo para uma variedade de cenários e casos de estudo que irão permitir o desenvolvimento e o estabelecimento de novos modelos preditivos para a salvaguarda do Património Cultural Europeu.

Para além de servir de caso de estudo para a implementação de novas tecnologias, a equipa das Ruínas Romanas de Tróia tem uma participação muito activa no projecto, com a monitorização das ferramentas e sensores in loco, contribuindo em quase todas as Work Packages (WP), e tendo a seu cargo a tarefa 3.1 Use case scenarios and requirements definition, inserida na WP3 – Use cases, Requirements and architecture. Por outro lado, a relação constante com o público através de visitas guiadas, de eventos ou de projectos com a comunidade escolar, permitirá dar mais visibilidade ao STORM e sensibilizar o cidadão para a salvaguarda do património.