Maria João Revez1*, José Delgado Rodrigues2, Nuno Proença1, José Maria Lobo de Carvalho3, Paola Coghi1, Maria Concetta Capua4, Ulderico Santamaria5, Silvia Boi6, Fabio Perossini7
1Nova Conservação, Lda., Portugal
2LNEC, Portugal
3Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior Técnico, Portugal
4Università degli Studi di Torino, Itália
5Università degli Studi della Tuscia, Itália
6Engineering, Ingegneria Informatica S.p.A., Itália
7KPeople, Ltd., Reino Unido
*mariajoaorevez@ncrestauro.pt
Resumo
A conservação do património pode ser pensada como um processo de gestão da mudança que ocorre continuamente sobre um objecto patrimonial com o objectivo de manter e/ou aumentar a significância deste último. A mudança que afecta este tipo de objectos pode ser de natureza muito diversa e ocorrer de forma mais ou menos acelerada, consoante o contexto (ambiental e social) em causa. No caso das alterações provocadas por fenómenos climáticos, quer continuados quer extremos, o seu impacte nos objectos é, num primeiro momento, de natureza material, que poderá ou não repercutir-se nas percepções que cada comunidade tem sobre esses mesmos objectos. Actualmente, há uma tendência para tentar gerir este tipo de mudanças numa perspectiva de manutenção in statu quo ante da materialidade do objecto, i.e., numa perspectiva sobretudo orientada para a minimização do impacte destas mudanças sobre o material. Nesta óptica, a gestão dos riscos ambientais de forma integrada e holística pode constituir uma abordagem valiosa no apoio à decisão, não só na vertente da prevenção, como também nas de mitigação e de resposta a eventos extremos. O projecto STORM (Safeguarding Cultural Heritage through Technical and Organizational Resources Management) intenta contribuir para o desenvolvimento de ferramentas baseadas nesta abordagem para auxiliar decisores no seu planeamento para a conservação de património construído.
[Poster apresentado no Congresso Ibero-Americano “Património, suas matérias e imatérias”; 2-3 Novembro 2016, Lisboa, LNEC]